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- João XV
14 maio 2015
Um
...a fim de que todos sejam um;
e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós.
- João 17.21 -
e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós.
- João 17.21 -
Antes de iniciar sua dolorosa caminhada em direção à cruz, Jesus teve uma longa conversa com seus discípulos e depois levantou os olhos ao céu e disse as palavras do capítulo 17 do evangelho de João, conhecidas como a oração sacerdotal. O versículo transcrito acima são parte dela e tem servido como estímulo a um grande número de denominações para estimular práticas que expressem a unicidade da igreja em todo o mundo. Entretanto a abrangência dessa prece é muitíssimas vezes maior.
Ele orava a favor de seus discípulos e, a certa altura, observou: não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra. Expressou também o modelo dessa unidade: como és tu em mim e eu em ti. Os pais costumam desejar que seus filhos sejam unidos entre, mas os rogos de Jesus foram ainda mais profundos: sejam eles em nós.
A unicidade entre o Pai e o Filho, à qual são conclamados a se integrar os discípulos deste e os que viessem a crer por intermédio deles, está afirmada nos primeiros versículos do evangelho: o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. E o próprio Filho a confirmaria de diversas outras formas enquanto durou sua missão neste mundo, chegando a afirmá-la com todas as letras: Eu e o Pai somos um.
Entretanto, ao ouvirem essas palavras, novamente pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Jesus perguntou-lhes por qual de suas obras o apedrejavam. Eles retrucaram que procediam daquela maneira não pelas suas obras, que até reconheciam como boas, mas pelo que ele dizia de si mesmo. Já que era assim, Jesus encerrou a conversa conclamando-os a crerem então nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai.
O pedido de Jesus ao Pai, para que os crentes fossem um neles, visava o mesmo objetivo de sua missão: para que o mundo creia que tu me enviaste. E os homens em geral reagem hoje mais ou menos como aqueles judeus, quando as igrejas os convidam para comparecerem aos seus salões a fim de experimentarem as maravilhas da ação divina: quando não hostilizam ou debocham, nem chegam pelo menos a levar a sério. Mas quando algo realmente libertador acontece, o próprio mundo reconhece que, por trás, com certeza, está a mão de Deus, sem se importar muito com os protagonistas humanos.
João 1.1-3; 10.30-38; 15.1-6